quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A poderosa industria dos jogos eletrônicos e seu futuro promissor




Você já deve ter percebido que muitos países desenvolvidos estão passando por crises financeiras em diversos setores da economia. Enquanto o mundo passa por turbulências e desconfianças de mercado, a industria de games ri a toa há muito tempo. Para espanto de muita gente, a expectativa no mercado de games é crescimento em 2012. Para você ter uma ideia do tamanho dessa industria, no ano passado o mercado movimentou 125 trilhões de reais e um crescimento de 7% em relação a 2010. Em 2011 o jogo Call of Duty: Modern Warfare 3 faturou 775 bilhões de dólares, tendo mais receita que os cincos maiores bilheterias do cinema em 2011! Dentre eles, Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 2Crepúsculo : Amanhecer parte 1 e Transformers: O Lado Oculto da Lua.

Ai você me pergunta de onde vem todo esse faturamento? Boa parte da receita dos jogos provém das vendas de mídias físicas e mídias digitais (download) para consoles (videogames para os velhinhos), portáteis, iOS* (iPhone, iPad, iPod), tablets e smartphones que usam android como sistema operacional. Outra parte da receita é proveniente do uso da marca dos jogos em produtos de terceiros; da venda de itens dentro do jogo que oferece ao jogador diversas possibilidades como aumentar habilidades, conhecer novas fases e habilitar personagens secretos. Outra forma de ganhar dinheiro é fazer anúncios dentro do próprio jogo. Isso mesmo quando você ver uma placa publicitária de alguma marca conhecida, pode ter certeza que a desenvolvedora do jogo ganhou uma grana pela publicidade.

O sucesso e o crescimento desse setor não se atrelou apenas as vendas e sim na sua capacidade de se inovar e também pelo combate a pirataria. O sucesso nunca vem ao acaso. A industria de games acompanhou as tendências tecnológicas, adaptou-se as transformações e criou novos maneiras de sobreviver e crescer. Um exemplo claro dessa adaptação e inovação são os jogos digitais, jogos de movimentos, jogos de redes sociais e de forma geral os jogos casuais. Antigamente o mercado de games era voltado aos jogadores hardcore**. Hoje a industria ainda vende jogos para esse tipo de jogador pois o mercado ainda é gigante, mas a bola da vez é o mercado casual, os jogos de movimento e os jogos 3D.



Boa parte das desenvolvedoras estão preocupadas em fazer jogos para os dois públicos, especialmente o casual, pois sua amplitude de lucro é espantosamente superior, devido aos baixos custos de produção e porque as mulheres, crianças e idosos passaram a consumir esse tipo de jogo. Dessa forma as desenvolvedoras que antes só faziam games para consoles, hoje fazem para diversos sistemas de entretenimento como os tablets, smartphones e celulares. A oportunidade de sucesso de vendas nesse segmento se deve porque a maioria dos donos desses aparelhos tornam-se clientes casuais que consomem os jogos com intuito de se divertir nas horas vagas ou simplesmente como um passatempo num dia tedioso.

Então as desenvolvedoras criam jogos com apelo para diversão, fáceis de jogar e pra surpresa de muitos, alguns tem uma vida útil prolongada. Nesse nicho, jogos como Angry Birds, Limbo, Plants vs Zombies, Wii Sports, Mario & Sonic Olympic Games, Rock Band, Just Dance e Zumba Fitness são sucesso de vendas e bastante populares em muitas reuniões familiares ou entre amigos em diversos lugares do planeta. Os controles de movimentos como Wii Remote, Kinect e PS Move ampliaram mais ainda o conceito de jogo casual, possibilitando que pessoas sem afinidade com jogos eletrônicos pudesse participar da brincadeira. Dessa forma as fabricantes e as desenvolvedoras tem um leque de possibilidades de criação e claro as oportunidades de lucros maiores nesse mercado.



Não é de espantar que também os games clássicos contribuem com o sucesso dessa industria, jogos como Sonic, Street Fighter, Resident Evil, God of War, Call of Duty, Uncharted, Halo e GTA tem o poder da massa e até atrair os jogadores casuais. Eles foram responsáveis e ainda são pela popularização da industria em diversos meios de comunicação. Outro fenômeno são os jogos de redes sociais e os jogos gratuitos que são usados de forma estratégica de marketing para que os jogadores conheçam de forma simples e rápida os produtos e serviços da desenvolvedora do jogo. Com a confiança adquirida o consumidor compra os itens oferecidos do jogo que foi instalado gratuitamente. Ainda existe a possibilidade da produtora receber receita através de anúncios dentro do jogo gratuito, afim de promover o tal produto.


Mas esse sucesso nada seria conseguido se a industria não tivesse criado bons sistemas de compras online,  em diversos sistemas operacionais como Windows, iOS e Android para disseminação dos jogos eletrônicos.
Hoje todos os consoles, portáteis, tablets e smartphones tem um sistema operacional desenvolvido especialmente para ele, na qual os jogadores podem acessar online os produtos e serviços disponíveis nesse sistema. Por exemplo, no Playstation 3 temos a rede PSN, no Xbox 360 temos a rede XBLA. No iPad o AppStore, no Galaxy da Samsung temos o Android Market. No PC temos o famoso Steam, que hoje conta com mais de 30 milhões de usuários podem baixar diversos jogos digitais de forma simples e prático. Esses sistemas de compra ajudaram a industria de games a combater a pirataria e consequentemente contribuiu para o crescimento.



A industria de games cresceu tanto que os mercados considerados antigamente como periféricos de atenção, hoje são os grandes alvos das grandes desenvolvedoras. Atualmente Brasil, México, India, China, Austrália e o Leste Europeu são os mercados promissores nas quais as desenvolvedoras tem a oportunidade de abrir  negócios lucrativos. No Brasil, por exemplo, temos jogos traduzidos para nossa língua nativa; fabricantes de consoles como Sony e Microsoft instalando seus produtos no território nacional e até desenvolvedoras multinacionais trazendo seus times de produção para a nossa região. Também o mercado de jogos de celulares, smartphones e até tablets está crescendo no Brasil. Mas os especialistas temem que esse crescimento pode ser freado se as politicas publicas de incentivo fiscal para esse tipo de mercado não forem almejados com tarifas mais justas e adequadas como aconteceu com o mercado de informática. Os nosso governantes ainda pensam que games são taxado como artigo de luxo.

Mas existe um projeto de lei que poderá diminuir os custos tributários dos jogos eletrônicos, ela já foi aprovada por uma comissão na Câmara de Deputados que entendeu que os jogos eletrônicos devem ter o mesmo beneficio da Lei da Informática. Assim os games importados e os nacionais sofram uma redução de média de 45% em seus preços ao consumidor. Nós gamers agradecem!

O futuro da industria continua sendo promissor, temos as especulações dos futuros consoles Playstation 4, Xbox 720 e o Wii U. Alguns especialistas do mercado afirmam que será a última geração dos consoles e que os tablets e os smartphones tendem a dominar e transformar a industria para sempre. O importante é que os jogos continuarão por um longo tempo divertindo muita gente seja de forma tradicional ou sem controle. Será mesmo que teremos o fim da mídia física e dos controles clássicos?

Referências:
>> Revista Info, Ed 132, Janeiro de 2012
>> Notícias de games nos sites Eurogamer e da PS3 Brasil

Termos:
* iOS é o sistema operacional da Apple
** Hardcore é um termo usado para jogadores que utilizam controladores clássicos de botões em jogos que tem desafio e exigem perícia e reflexos do jogador.

3 comentários:

  1. este tópico aí tem conteúdo de um site conhecido por distribuir Malware, olha isso aí, eu fui entrando e o Google logo bloqueou, nem sei porque eu continuei, se você pegou algum conteúdo de um site perigoso fique alerta aí.

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    1. opa, obg pela info, mas aonde vc clicou precisamente contendo esse Malware?

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    2. quando eu fui entrando nesta pagina, o Google mesmo bloqueou, eu continuei só para avisar, você pegou algum conteúdo de algum site estranho? Sites com nomes esquistos ou coisa parecida?

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