quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ARTIGO 001 - A FALTA DE IMPARCIALIDADE DOS ANALISTAS

A FALTA DE IMPARCIALIDADE DOS ANALISTAS DE OUTRORA FIZERAM NASCER O ISMO DOENTIO DOS GAMERS E ANALISTAS DE HOJE EM DIA


No mundo dos games assim como no cinema sofrem há muito tempo da falta de imparcialidade das suas matérias, notícias e análises. Falando especificamente no mundo dos games, posso dar uma opinião formada do assunto, pois há mais de 15 anos acompanho o mercado editorial dos games, seja em revistas ou em sites.

A industria editorial de games no Brasil começou nos anos 90, quando o Master System e Mega Drive, videogames da SEGA de 8 bits e 16 bits respectivamente, consolidaram no mercado nacional como os videogames mais vendidos do pais, além deles, os videogames da Nintendo ganhavam cada vez mais espaço com os clones do Nes e o Super Nintendo.

 Sendo assim, aproveitando essa efervescência cultural, o mercado editorial se aqueceu produzindo revistas especializadas no assunto, oferecendo aos jogadores da época conteúdo sobre seus videogames e os respectivos jogos. Quem não lembra de revistas como  Ação GamesVideogameSuper GameGame Power e a eterna Gamers? Sim, foram elas as pioneiras e mostraram que esse mercado seria lucrativo e promissor.

Mas como tudo não é perfeito, essas revistas sofriam de atualização atrasada, de micos e erros históricos e de tendenciosismo do mais descarado que você nunca viu.  Na questão de atualização, era justificável, pois nos anos 90 a obtenção da informação não erá fácil como é nos dias de hoje. Mas os erros e os micos históricos, esses não são perdoáveis. Sem falar do tendenciosismo, esse de tão ridículo, é o principal responsável pela formação do ismo entre a comunidade gamer.

Aliás quem nunca observou a forma de escrever de alguns analistas quando falava de uma X produtora ou um Y jogo, era tão descarado que muitas revistas citadas acima, podiam ser taxadas facilmente como um revista seguista ou outra nintendista e ainda outras como sonistas. Pior que é verdade, não era boato de jogador chateado, era uma constatação que certas editoras tinham uma certa paixão por determinados jogos ou empresas.

Foi a partir dessas formas de escrever sem o controle da imparcialidade que foi surgindo a antipatia por determinados produtos. Quem de vocês nunca sentiram injustiçados quando um analista escreveu de forma tendenciosa malhando o jogo ou videogame que você tanto gostou? Eu cansei de ver várias injustiças nos textos desses analistas tendenciosos, que dá até nojo de publicar tais textos.

Mas por que isso aconteceu e ainda acontece? É muito simples, o mercado de games nacional ainda não se profissionalizou. Para escrever sobre games, basta apenas ter um diploma de segundo grau, cursos profissionalizantes de informática, falar e escrever bem inglês e claro gostar de jogar. Note que não há necessidade de se formar em jornalismo, comunicação social ou uma formação especializada no assunto de games. E o pior, não existe um controle de seleção e a maior parte deles são jogadores que curtem o gênero da moda e os jogos da moda.

Pasmem! meu caros eleitor! O que você lê nos sites e em revistas, cerca de 90% são apenas jogadores sem nenhum conhecimento específico sobre como publicar um artigo informativo e a ética da escrita. Claro que existem alguns bons redatores e editores, mas em sua grande maioria escrevem artigos de acordo com o seus conhecimento de mundo entrelaçado com o seus gostos pessoais.

Tirem um exemplo de sites como da MsnBaixaki JogosUol Jogos,GamevicioIgOmeleteKotaku e Terra. Você vai conseguir ver claramente isso que estou falando. Os artigos da Uol Jogos e da Baixaki, por exemplo, são de dar nojo de tão tendenciosos que são. Repito, existem bons artigos, mas em sua grande maioria são parciais e tendenciosos. Sem falar da falta de atenção que eles tem por certos jogos que são consagrados pelos jogadores, como Sonic, por exemplo.

Falando do ouriço, o Baixaki Jogos parece que faz questão de atrasar as notícias de Sonic e Sega, pasmem! As vezes tem noticias tão importantes que eles nem dão atenção, preferem fazer artigos para cultuar outros segmentos que eles tantam amam. A Uol Jogos quando publica álbum de fotos, pode ter certeza que 50% das fotos serão reservadas para seus gostos pessoais e quando eles analisam certos jogos a babação é tão grande, que eles ficam cegos que acreditam que ninguém percebeu a paixão e o ismo deles. O Baixaki Jogos chegou ao ridículo de eleger Sonic como o pior personagem da atual geração, sendo que na votação todos os jogadores votaram em outro jogo. A perseguição é tão grande que eles tem por Sonic que parei de entrar nesses dois sites.

Tenho duas teorias para essa perseguição aos jogos da SEGA e principalmente por Sonic pela mídia brasileira. Primeiro é a teoria dos analistas nintendistas, que não se conformaram com o domínio da SEGA e SONIC em nosso pais e no Ocidente no início dos anos 90, criando assim um tipo de movimento anti-Sega e anti Sonic em vários sites brasileiros. Segundo é a teoria dos analistas anti Sonic moderno, sim eles odeiam o Sonic moderno mas não conseguem jogar direito. Seria interessante se eles aprendessem primeiro a jogar o Sonic moderno antes de falar tanta besteira e burrice ao mesmo tempo. Felizmente a comunidade SEGA e SONIC é forte, sites como Power SonicPlaneta SonicSega WorldProjeto Sega Brasil, comunidades como Sonic Elite Brasil e fóruns como Sonic Zone mostram que nosso ouriço e os jogos da Sega sempre terão espaço.

CONCLUSÃO

A informação dos jogos deveriam ser equilibradas para todos, as análises deveriam ser imparciais e a escolha dos analistas deveriam ser mais adequada com o tipo do jogo. Mas a mídia brasileira foca demais nos jogos que eles gostam de publicar e principalmente por aqueles que estão na moda. Não vou aqui citar nomes e nem publicar links desses conteúdos. Se você acha que estou falando uma mentira, eu passo o link nos comentários. Porque não quero ficar perdendo tempo procurando agora links e textos sobre tudo que falei.

Termino dizendo que foi sim a mídia especializada que cultivou as rivalidades dos jogos e videogames. Essa política não é nova, a TV faz isso, o CINEMA faz isso e até o ESPORTE faz isso. Infelizmente é um sistema ambíguo e contraditório. Se criam a rivalidade para ter audiência e lucro, mas ao mesmo tempo criam ismos doentios e morte precoce de muitos produtos que poderiam ter um lugar melhor ao sol.

Francisco,

17 de Julho de 2012

6 comentários:

  1. Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pelo projeto.É bem escrito e tem uma proposta bacana.Em relação à sua matéria, faria um adendo e estenderia a "crítica" a veículos estrangeiros também, em especial aos estadunidenses.Confesso que não tenho mais tempo e paciência para acompanhar os últimos lançamentos no mercado dos jogos;sou um grande fã da SEGA e seus consoles e tenho por hobby, desfrutar dos jogos do lendário Mega Drive e cia.Como a quantidade de títulos de alto gabarito são inúmeros, vou ter as minhas mãos ocupadas por um bom tempo.O console mais recente que tenho é o hoje "cult" Dreamcast que recentemente adquiri(de novo) e agora busco aumentar a minha coleção de jogos e acessórios(originais claro, pois os piratas detonam o sistema , como fizeram com os meus dois outros);com eles, todo o meu lado "nerd" vem a tona.Com o perdão da minha desinteressante historinha, aonde quero chegar é que toda vez que algum espertalhão se propõe a fazer uma dessas brilhantes listas tipo:os 100 melhores jogos,os melhores consoles, os melhores RPGs e etc. o resultado é basicamente o mesmo:uns vinte Mario e Final Fantasy , com um deles sempre dominando as posições tops.A lista da IGN com a ideia absurda de rankear os melhores consoles só podia dar bigode;o Mega Drive -pasmem!- em quinto!atrás do Ps2 , Atari e Nes!.Quando o assunto são os melhores jogos então, nem se fala.A mania de apontar "esse é melhor" é fadada ao fracasso e injustiças;basta fazer uma lista de 100 (ou 200 ou 50, que seja)-sem rankeamento-e cada leitor , que pense e diga os seus favoritos.Os jogos SEGA e de seus consoles(acho que nenhuma companhia produziu tantos títulos bons e variados como ela), quando alguns poucos entram, mal chegam ao top 20, quiçá ao top 10.Essa e outras tácticas, muito sutilmente, coloca pré-conceitos na cabeça dos leitores e ajuda a formar ,como você disse bem, "istas" em vez de críticos(para deixar bem claro, não sou nenhum fanático seguista, apenas tenho preferência pela e SEGA e as memórias afetivas que tenho de quando moleque);estratégia essa presente em todas as formas de mídia de nossa sociedade.Pessoalmente prefiro os europeus nessa matéria, são mais equilibrados e abertos(e parecem ter mais bom gosto) do que os gamers estadunidenses ou japoneses(e sua fixação obsessiva por RPGs e jogos Animê).
    Perdão pelo (muito)longo texto e continue o bom trabalho!
    Grande Abraço

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    1. Obrigado pelas palavras Diego, perfeito seus argumentos e concordo plenamente. O Mercado de games as vezes me parece ser uma carta marcada para determinar o vencedor. É difícil explicar jogos como Shenmue de uma qualidade inquestionável n ter o sucesso merecido e ver jogos como Pokemon ter absurdos de vendas. Também é incrível como os jogadores vivem do mesmo do mesmo e ainda tem a cara de pau de reclamar de inovação.

      O Dreamcast, por exemplo, foi o videogame mais injustiçado, sério, os jogadores escolheram o PS2 e contra isso n podemos fazer nada.

      E os jogos da SEGA n podemos nem falar, tá certo que a Sega errou em alguns jogos e erros de decisões e marketing. Eu podia fazer um dossiê sobre erros e acertos da SEGA nessa geração, já antecipo que teve mais acertos.

      Agora sobre o tendenciosismo e as lista lixos, principalmente da IGN não temos como lutar contra isso, virou uma praga mundial. Aliás vc viu a última lista da UGN, os 100 melhores rpgs de todos os tempos. É um absurdo, a IGN tá na cara que é fã de carteirinha da Nitendo. Eles n avaliam os jogos pelo valor histórico e técnico e sim pelo valor emocional. Infelizmente é a verdade.

      É isso, vou revisar meu texto q tem alguns erros de portugues e digitação. Mais uma vez agradeço sua visita, volte sempre!

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  2. Sem falar em revistas como a Nintendo World ou sei lá o nome dela, é constrangedor as reportagens dela de jogos não fabricados pela Nintendo, e claro, principalmente o Sonic!

    Acho engraçado como só vejo essa injustiça acontecer no Brasil, que povinho ignorante! E que vexame esses sites estão fazendo em nosso mercado!

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    1. a Nintendo World definitivamente Sheyla, perdeu minha credibilidade. Nojo desse revista. Principalmente pq lá tem um ista fanático pela marca deles. Preciso dizer o nome?

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  3. Não queria desenterrar o artigo, mas como o assunto é extremamente abrangente, tenho de dar minha opinião.
    Acho que a Sega e suas franquias não tem o devido respeito, porque rola muito do que você disse.É basicamente o que rola com os veículos de informação que tratam de esportes (futebol), e esse tipo de coisa é vergonhoso, tamanha a indisciplina com as pessoas que possuem gostos diferentes.
    No mais, adorei o artigo.Esse assunto tem importância, principalmente quando vemos que as pessoas que "trabalham" com games não levam a sério quem consome.

    PS:Falaram da Nintendo World, e fez eu lembrar de um artigo da EGM que analisaram o God of War 1 e um cidadão cujo nome não vou citar (e que escrevia pra um veículo especializado no console da Sony) disse que o mesmo era ombro a ombro com o Ninja Gaiden Black do Xbox graficamente falando.
    Melhor ler essas merdas que ser cego HAUHAUAHUA

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    1. @Ip Man, falou tudo e mais um pouco, obrigado pelos comentários!

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